segunda-feira, 24 de maio de 2010

Nomes Fictícios, Marca verídica.



triiimmmm........trimmmm......triiiimmmm

- Alô?

- Alô.

- Heloisa?

- Sim.

- Oi Heloisa, é a Selma da Citröen, tudo bem?

- Tudo bem Selma.

- Heloisa, estou ligando a respeito do email que vc me mandou com cópia para os principais jornais. A culpa de tudo o que acontenceu foi minha, estou só esperando o final do mês para ver o que vai acontecer. Se você mandar email com reclamações eu posso perder o meu emprego.

- Selma, eu aceitei o carro na cor errada, exatamente para você não perder o seu emprego. Se a concessionária não teve a competência de olhar que ele estava, além de preto, riscado, cheio de bolhas na lataria e com cola por todos os lados, eu não posso mais te ajudar.

- Mas você, enviando o email para todos os jornais, vai me prejudicar.

- Pois é, mas a concessionária acabou de depositar um valor errado na minha conta, faltando mais de 8000 reais do que eu paguei e confirmou que não vai fazer o reajuste correspondente aos 48 dias desde que eu efetuei o pagamento.

- Ah, é?... Mas mesmo assim, o erro foi meu e você vai me prejudicar se mandar esse email.

- Selma, o erro não foi seu. O seu erro foi aceito por mim. O erro foi a incompetência da concessionária de entregar um carro com mil defeitos e sem os acessórios combinados.

- Hum... não Heloisa, o erro foi meu, eu que tirei o pedido. Desse jeito eles poderão descontar do meu salário.

- Selma vc me desculpe, mas eu não posso mais te ajudar. Já fiz o que eu podia. Acabei de ligar para falar com o seu gerente sobre o valor errado e ele desligou o telefone na minha cara.

Selma ainda inconformada:
- Ok Heloisa, Obrigada.

domingo, 17 de janeiro de 2010

A NET É O BRASIL


Falar mal dos serviços de TV a cabo é chover no molhado, todo mundo sabe, mas já tendo sido prestador de serviços da Net, me sinto ainda mais ridicularizado por saber que o tratamento no sentido inverso, onde MEUS erros não poderiam servir de desculpa para um prejuízo do cliente, é bem diferente do que eu recebo como assinante Net.

No caso de um assinante que quer simplesmente fazer um upgrade da sua assinatura (e pagar mais por isso), a história de desenrola de forma um pouco menos simples, e com toda certeza, muito menos clara:

Dia 1:

Após três ligações de aproximadamente 15 minutos cada (ao celular), consegui que algum atendende da NET finalmente ENTENDESSE o que eu estava querendo contratar: um ponto de TV digital. Aquele, com menuzinhos, com muitos canais, aquele que a gente paga mais caro, aquele do aparelhinho prateado que aparece no comercial.

Aproveitei a oportunidade dessa quarta ligação para perguntar, já sabendo a resposta, se por acaso eu não teria direito a um ponto adicional. Já que eu perguntei, foram obrigados a dizer que sim. Great.

A data da instalação? Só dali a uma semana, numa faixa de horário que poderia variar das 12h às 18h(!). Como bom assalariado que sou, marquei no sábado, dia que só é considerado dia útil dependendo da utilidade que você dá a ele.

Dia 2 (uma semana depois):

Preparado para abdicar de algumas horas do meu final de semana em prol de alguns seriados e filmes a mais nos próximos meses, me mantive enclausurado. Das 11h às 19h (percebam, duas horas de tolerância pra eles) estaria alerta, pedindo comida de caixinha, recusando convites para sair, perdendo uma das poucas oportunidades que eu tenho de aproveitar a vida fora do trabalho.

Por volta das 17h30, uma ligação no meu Net Fone. Era uma atendente me informando, sem justificativa que valesse a pena me contar, que a equipe de instalação atrasaria um pouco. Só poderiam vir depois das 19h. Quis saber se estava tudo bem pra mim e para o condomínio. Para o condomínio, ok. Quanto a mim, que mais eu poderia fazer. Ficaria esperando por mais algumas horas, e foi o que eu fiz. Mas não sem antes pedir que a atendente me garantisse que a instalação de forma alguma seria reagendada para outra data. E foi o que ela fez. E me disse também que entrariam em contato quando a equipe de instalação chegasse na minha região.

Às 19h40 nenhum sinal de TV digital na minha sala, nem no meu quarto, nem dos instaladores nas redondezas. Achei melhor ligar para saber o que havia acontecido. E para minha surpresa, veja só, fui informado que a equipe de instalação havia estado na minha casa às 18h50 mas que, veja só, não havia ninguém em casa.

Dia 2, explosão 1:
Ninguém melhor do que eu para ter certeza de que eu estive em casa desde às 11h, sim. Até meu banho eu tomei antes disso para não correr o risco de perder a performance dos instaladores. Até arrastar os móveis eu arrastei. E tirei o pó lá de trás, para não atacar a rinite do funcionário da Net. Isso só para ilustrar e tentar criar, para quem lê a história, o cenário exato da minha indignação.

Resumindo, disse para a atendente que a instalação iria acontecer naquele dia de qualquer maneira, que se o instalador achou que não havia ninguém em casa, tentasse me contatar num dos dois números de telefone que deixei disponíveis, que ele tratasse de voltar pra cá onde eu estava esperando, que eu não teria outra data disponível na minha agenda para passar dentro de casa, que era um absurdo, um desrespeito e tudo mais. E ela me garantiu que meu problema seria resolvido dali a uma hora.

Como a essa altura eu já não acredito em nada dito pela Net (principalmente algo não escrito), perguntei três vezes o que significava para a atendente ter meu problema resolvido: “Quer dizer que dentro de uma hora o instalador vai voltar aqui?” Sim. “Quer dizer que não é uma ligação que eu vou receber, mas que a equipe virá fazer a instalação nesse prazo?” Sim senhor. “Quer dizer que eu vou ter meu ponto instalado ainda hoje, é isso?” Sim senhor (já em tom de indignação). “Então ótimo.” Corta para a mensagem final gravada. Nada de “a Net agradece sua ligação”. Ninguém ali agradeceu minha ligação não, viu. Eram 20h. Protocolo anotado.

20h40. Não sei por que, mas eu não estava seguro de que alguém apareceria à minha porta sorridente trazendo um receptor Net Digital prateado nas mãos. Liguei novamente. Novamente fui chamado pelo meu nome, pois os moderníssimos equipamentos da Net identificam meu número de telefone e eu nem preciso dizer meu código de assinante. Apesar de supostamente eles manterem toda minha ficha atualizada lá, expliquei ponto a ponto toda a história até aqui. E que estava ligando pra ter algum status de como estava minha situação, já que minha campainha ainda não havia tocado. Foi aí que “Rafael” me informa que a minha instalação estava com DATA EM ABERTO.

Dia 2, explosão 2:
Nesse ponto eu já não estava mais tão desacostumado do meu tom de voz transtornado. Rafael havia me explicado que na última chamada a atendente não chegou a registrar nenhuma nova DATA para minha instalação. E eu expliquei para Rafael que não haveria nenhuma outra data que não fosse aquele mesmo dia, pois eu simplesmente não teria disponibilidade de perder mais um dia todo, sabendo que no final ainda corria o risco de entrar no loop infinito das ligações para perguntar cadê o instalador.

Também tentei entender com Rafael como pode ser tão difícil resolver algo tão simples quanto me entregar o que eu estou tentando comprar. E, embora ele tenha se mostrado muito disposto a reagendar minha instalação para uma semana adiante, era impossível pra mim compreender como um problema causado PELA NET poderia resultar numa penalização para mim, o CLIENTE. Aproveitei para sugerir que, se os instaladores trabalham até as 23h, o mais correto seria que encaixassem minha instalação como uma operação de emergência, um novo horário para que corrigissem sua falha anterior. Ele deixou escapar que para isso acontecer, só se ele levasse meu caso até seu supervisor. Great.

Muitos e muitos minutos de burburinho no fone (era uma supervisora, deu pra ouvir), e finalmente Rafael me disse que conseguiria um encaixe para o dia seguinte entre 14h e 18h.
Se o problema estava resolvido? Não saberíamos até o dia seguinte. Segundo Rafael, o pedido de encaixe ainda poderia ser negado nas próximas TRÊS horas. Façam as contas.

Dia 3:

Acordei e acabo de ligar para a Net. A solicitação do encaixe NÃO FOI ATENDIDA. E também só fiquei sabendo porque liguei para lá.

Acabo de solicitar o cancelamento de toda minha assinatura. Obviamente o departamento de cancelamentos não funciona hoje e vai entrar em contato comigo.

FIM.

Posfácio:

Sim, é uma história longa e chata de se ler, e não poderia ser diferente. Se esse relato fosse algo divertido e rápido, seria algo do tipo: Dia 1. Eu ligo pra Net e peço uma instalação e eles entendem o que eu quero. Dia 2. Eles instalam, eu pago, fico feliz e não me sinto um completo imbecil.

De qualquer forma já informei que se o cancelamento não for feito por técnicos, eu mesmo me encarrego de arrancar o cabeamento, por mais que eles estejam pouco se lixando para o que eu faça ou deixe de fazer.

Telefone da central de relacionamento NET: 10621
Experimente você também.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

TELEFONICA LIXO


A TELEFONICA É A EMPRESA MAIS LIXO E MAIS INCOMPETENTE DO UNIVERSO.

Eu já falei com aqueles atendentes incompetentes mais de 7 vezes, já cancelei o cadastro que contém meus dados errados (conforme post logo abaixo), já falei com um amigo que trabalha lá dentro e me disse que ia resolver o problema pessoalmente...

e MESMO ASSIM recebi uma nova cobrança indevida.

Não me responsabilizo mais pelas minha atitudes perante a Telefonica.


Eu tentei ser educada.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dois Gritando

Boa iniciativa do O Globo, "Dois Gritando".

Um fórum de debates dinâmico, feito para você sugerir, opinar, denunciar e interagir com outros leitores sobre os assuntos que mais lhe interessam e preocupam a respeito da nossa sociedade.

Assim como este, mais um site pra vc desabafar.

Pra quem é do Rio de Janeiro, ou não:
http://www.doisgritando.com.br/

Sugeri uma pauta sobre os problemas de São Paulo, não?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Mais histórias Telefonica


Contei aqui há meses atrás a horripilante história, sem pé nem cabeça, com a Telefonica.

Depois de 6 meses recebi outra cobrança (R$ 2,82) em meu nome, no meu número de celular antigo, registrada no CPF do meu pai. Sim, é esquisito assim mesmo. Como uma empresa de telefonia fixa pode estar me cobrando uma ligação feita num celular Claro que não é meu? Também me pergunto.

A explicação mais óbvia pra mim é que o Super 15 andou pulando a cerca e fez arte na casa da vizinha, "Claro".

Dessa vez nem dei espaço para a Telefonica se explicar e logo liguei para Anatel para fazer a reclamação. A Anatel tentou me convencer de que eu deveria tratar isso com a Telefonica. Acho que eles não entenderam a parte que eu já tinha tentado resolver o problema. Enfim, convenci o atendente a cadastrar minha reclamação.

Depois do contato com a Anatel já me ligaram 2 vezes na Telefonica.

Na primeira vez (2 dias atrás) o atendente falou que não era simples resolver meu problema e disse que passaria o mesmo para outro departamento.

Hoje me ligou outra pessoa, às 9h00 da manhã, pra tentar resolver o problema (nesse momento eu fazia as unhas na manicure e não podia tocar em nenhum objeto, fiquei 3x mais irritada que o normal e com dor no pescoço por passar muitos minutos segurando o celular com o ombro e a cabeça). Esse parênteses foi só pra dizer que o atendnete estava num dia ruim.

Contei tuuuuuuudo de novo pro atendente e ele tentou me explicar, e convencer, que a empresa Telefonica só gera e administra contas fixas, ou seja, a pessoa realmente estava tirando uma com a minha cara e não entendeu o problema. Depois ele tentou puxar através do CPF (do meu pai no caso) o cadastro que existe lá e .... SURPRESA, não havia nada pendente.

Então eu tentei explicar mais uma vez que era uma cobrança de interurbano feito num número de celular Claro que não é mais meu há 4 anos e que o cadastro desse número na Telefonica está pendurado no meu nome e no CPF do meu pai (Óbvio que ninguém entende como isso pode acontecer). Depois de 10 minutos tentando convencer o atendente de que o meu problema era real, e eu não estava locadibala, informei o número do celular em questão e, eis que ele puxa no sistema o cadastro do maldito celular Claro e descobre que eu tinha razão... Maaaaas ele me diz que é IMPOSSÍVEL alterar os dados do cadastro e que a nova proprietária da linha teria que cancelar esse número da Claro... :-o

Bom, eu ri da cara dele, já não consegui manter mais a educação... Depois de surtar um tempinho na orelha dele e dizer que eu não ia me mexer mais pra resolver isso, ele, o atendente Lívio, disse: “ - Olha, não posso alterar esse cadastro, mas posso deletá-lo (descadastrar o pacote 15) do nosso sistema e a pessoa que tem a linha hoje em dia não poderá mais fazer o 15.”

Concordei na hora e ficou por isso mesmo, ou melhor ficou a dúvida: Que tipo de estratégia mercadológica é essa onde é preferível deletar o cadastro do cliente e não deixar ele fazer mais interurbano pelo 15 ao invés de atualizar os dados dele?

Pra mim tanto faz.

Lívio, bjonãomeliga.
Super 15 quero que você morra e que doa muito.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Bicho da Seda




Achei bem antipática a atitude do Seda Saloon em fechar as portas para o público no Fashion´s Night Out, em SP, ontem, 10/09. Enquanto todas as lojas recebiam seus clientes com champagne e festa, o Seda Saloon fez uma lista só para VIPs e não deixou ninguém entrar. A proposta do evento não era essa.

Só para lembrá-los, as pessoas que foram convidadas para festejarem o Shampoo Seda não são as usuárias do próprio. Os heavy-users ficaram para fora. Os clientes, que tinham curiosidade em saber o que estava acontecendo ali e ter uma recepção simpática, ficaram para fora.

Aquelas modelos certamente não usam Seda.
E eu, não uso mais.

Fim.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Samsonga Monga



Aí que a Samsung está bombando a campanha do novo Samsung Star.
Na internet, em todos os canais de tv e até na mídia impressa.


Eu que sempre fui fiel a nokia caí no xaveco da tela touch screen e corri pra Claro pra tentar trocar meus milhões de pontos pelo tal celular da Samsung... e não é que ele não existe na loja? ou melhor NAS LOJAS.


Depois de inúmeras idas a 2 shoppings e gastar de estacionamento o equivalente ao preço do iPhone, eis que eu não consegui adquirir o tãaaao ANUNCIADO celular.


Diz a Claro que não entregaram a mercadoria.

Vai entender, néam...


Merece um e-mailzinho pro SAC da Samsung. Segue abaixo:

"Vi o anúncio do novo aparelho celular Samsung Star em diversos meios de comunicação, inclusive na internet.

Sempre fui cliente fiel da Nokia e pela primeira vez fui seduzida pelo aparelho de vcs.

Acontece que eu já fui inúmeras vezes a diversas lojas Claro, em diversos Shoppings Centers e simplesmente não EXISTE esse aparelho para vender. A Claro diz que não recebeu a mercadoria.

Gostaria de entender o porquê da prapaganda intensa nas mídias, se o produto não se encontra no mercado?

O que eu já gastei com estacionamento de shopping daria pra comprar um iPhone.

O pior de tudo é que, sendo publicitária, sei da pressão que vocês fazem pra publicar um material com a maior urgência, pra depois vir dizer que o produto não vendeu por causa da ineficiência da propaganda. E cadê mesmo o produto na loja?

Isso foi um desabafo, pra perceberem como perdem os clientes. Eu fã inabalável de Nokia resolvi trocar de marca e JÁ me decepcionei sem mesmo adquirir o produto. Bom né?

Grata."

terça-feira, 9 de junho de 2009

Mais uma do Itaú...



Perdida na Vila Madalena, tentando lembrar qual era a agência do Itaú mais próxima, para conseguir resolver o babado do post anterior:

- huuum, vou ligar pra Alê pra ver qual era mesmo a rua do Itaú aqui na Vila...

.... Deixe seu recado após o biiiiiiiip.

- Droga. Bom, melhor eu ligar direto no bankfone do Itaú, ninguém melhor do que o PRÓPRIO ITAÚ pra me dizer qual é a rua da agência deles aqui na Vila Madalena.

... agência + número de conta

... senha eletrônica

... opção 2

... opção 9

- Eliana, boa tarde, em que posso ajudar?

- Oi Eliana, estou procurando a agência do Itaú aqui na Vila Madalena... queria saber o nome da rua onde fica.

- Só um momentinho... Estou falando com a Sra. Simone?

- Sim.

- Agência 0555, conta corrente número 08203-1?

- Sim.

- Mais um momentinho....... A senhora sabe o número da agência que está procurando?

- Peraí, veja bem... se eu soubesse o número da agência que estou procurando, certamente saberia a rua onde ela se localiza.

- Sra. Simone, vejo aqui que a sua agência é a da Rua Teodoro Sampaio.

- Sim, Eliana, mas eu estou na Vila, a pé, e quero ir numa agência aqui.

- Olha, Sra. Simone, sem o número da agência eu não consigo achar a rua pra você.

- Não?

- Não, sinto muito.

- Então pra quem eu devo ligar pra descobrir? Pro Google?

- É realmente Sra., sem o número da agência não dá pra descobrir. Posso te ajudar em mais alguma coisa?

- Você não ajudou, tchau.



(Quem me deu o endereço correto foi a manicure que fazia a minha mão. A qual testemunhou toda essa conversa nonsense que tive com a atendente do Itáu.)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Itaú - Tatuí

Quase em 2010, ano em que imaginávamos carros voadores e casas flutuantes...
e a mocinha do Banco Itaú me diz que tenho que ir pessoalmente até uma agência fazer um DOC - e depois vem me dizer que o homem pisou na lua... sei.

Tenho internet, tenho itoken, tenho a senha do meu cartão, tenho o diabo aqui comigo... só não tenho tempo... isso tudo não basta pra fazer um DOC pela internet????

Imaginem sair do meu trabalho agora (15h00), pegar o carro e ir até o banco...

- Mocinha do Itaú, vc pode sair do seu trabalho agora pra fazer qq coisa?

- Depende, Senhora.

- Mocinha, não vivemos em Tatuí... onde todos os serviços da cidade se concentram numa única praça.

- É, a Senhora tem razão.

Tenho razão, mas nada pode ser feito.... ódeo...
Pelo menos tenho este espaço pra expurgar todo ódio do meu coraçãozinho e evitar algumas doenças.




terça-feira, 19 de maio de 2009

E o telefone do céu tocou novamente.

tuuuu........tuuuuuu.......tuuuuuu.........tuuuuu

- Alô

- Alô, de onde fala?

- Controle da Vida, Departamento de Destinos, Antônio, boa tarde.

- Oi Antônio, tudo bem?

- Tudo bem, em que posso ajudá-la?

- Eu queria fazer uma reclamação sobre o meu destino.

- Pode falar Senhorita, qual o seu problema?

- Que cara feio é esse que vocês arrumaram pra ser minha alma gêmea?

- Mas senhorita...

- Mas senhorita o escambau. O Gianecchini andando por aí solteiro, tanto homem bonito nesse mundo e o meu tinha que ser aquela desgraça?

- Mas quem ama o feio, bonito lhe parece.

- E o senhor acha bonito ser feio?

- Mas senhorita, o amor é cego.

- É, o amor é cego e o cara que vocês me arrumaram é vesgo.

- Calma Senhorita, antes de prosseguir, posso confirmar alguns dados?

- Pode.

- Seu nome?

- Beatriz.

- Idade?

- Vinte e sete.

- Sem mentir, aqui é o céu e a gente tem sua certidão de envio para nascimento.

- Trinta.

- Já foi casada?

- Morar junto serve?

- Vocês aí na terra vivem achando que morar junto é casar. Casar só com o aval do Jesus, o chefe do departamento daqui de cima. Mania que esse povo tem de querer dar um jeitinho...

- Calma Antônio, eu só não tava preparada, fui fazendo um test-drive e não deu certo.

- Tempos modernos viu, não vejo a hora do chefe ligar o apocalipse.

- Como?

-Nada. Muito bem D. Beatriz, muito obrigado por confirmar esses dados. Qual o seu problema?

- Então, eu achei o homem da minha vida. Acho que achei, pelo menos. Mas ele é feio que dói, coitado. Tudo bem, ele é educado, inteligente, tem um bom emprego numa empresa de seguros, gosta das mesmas coisas que eu, tem assunto pra tudo, me ouve e até cozinhar pra mim ele já andou cozinhando. Tudo certinho como eu sempre desejei. Mas é o capeta de feio. O cara é um filhote de gremlin. Parece um cruzamento de Woody Alen com Ronaldinho Gaúcho.

- Afe.

- Como?

- Nada, prossiga.

- Então. Ele é horrível. E eu tô completamente apaixonada pelo sujeito. É incontrolável, é mais forte que eu. Eu olho pra ele e sinto vontade de beijar aquela boca dentuça embaixo daquele narigão imenso. Você não tá entendo Tonhão. Posso te chamar de Tonhão, né?

- ...

- Eu tenho vergonha de sair de mão dada com ele. Outro dia ele veio me agarrar na fila do cinema e apanhou de uns caras que separaram a gente achando que era briga.

- Sei.

- As pessoas olham pra nós dois na rua e acham que eu tô fazendo caridade, que eu tô pagando promessa, que eu tô levando um acidentado pela mão pro hospital, essas coisas. Teve uma baiana que quis me benzer porque achou que tinha um exu atrás de mim.

- D. Beatriz, deixa eu verificar no sistema aqui se está tudo em ordem com o destino da senhora. Qual o nome do rapaz?

- Gustavo.

- Um minuto por favor.

(... não desligue, sua ligação é muito importante para nós. Há dois mil e sete anos, nossa empresa...)

- D. Beatriz, é isso mesmo. Tá certinho, esse rapaz, o Sr. Gustavo, é mesmo a sua Alma-gêmea. Sinto muito.

- Escuta Tonhão, ele vai ganhar na mega-sena, pelo menos?

- Hum, deixa eu ver aqui... não.

- Vai fazer uma plástica no nariz e botar aparelho?

- Não, aqui não consta nada disso.

- E nosso filhos, vão puxar o pai?

- Qual dos cinco a senhorita quer saber?

- CINCO?

- Olha, o último vai ser a cara do pai. A Senhorita tem sorte. Quando o pai é muito feio, só o último puxa ao pai. Se o primogênito nascesse com aquela napa vocês desistiam logo de cara. Mas veja pelo lado bom D. Beatriz, mulher nenhuma no mundo vai ser louca de dar em cima do seu marido.

- ...

- Posso ajudá-la em mais alguma coisa?

- Não, obrigada. Já vi que isso aqui é pior que central de atendimento do Speedy.

- O Céu agradece, tenha uma boa tarde.




tuuuu........tuuuuuu.......tuuuuuu.........tuuuuu

- Alô

- Alô, de onde fala?

- Controle da Vida, Departamento de Destinos, Antônio, boa tarde.

- Oi Antônio, tudo bem?

- Tudo bem, em que posso ajudá-lo?

- Nada de mais não. Na verdade eu tô ligando pra agradecer a gostosa que vocês mandaram pra mim. Mas cara, que chulé que tem essa mulher heim? Não dava pra mandar uma com um pé mais limpinho não? Parece um gorgonzola, derruba ganso. Afe maria, que cheiro horrendo...


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gentilmente cedido por:
http://unavidaperra.blogspot.com/

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A lavanderia que conserta sapatos

Ao lado de casa há uma Dry Clean Usa. Ao lado de toda casa deve ter, visto que são quase a blockbuster.

Entrei lá com um edredon e vi a placa: consertam-se sapatos! Voltei pro carro e busquei a pilha que estava esperando eu parar num sapateiro.

Pensei feliz da vida que resolver tudo de uma vez, em um só lugar, só poderia ser “De Deus”!!!

Paguei adiantado e pedi que me entregasse em casa, o que me foi prometido para a quinta-feira (era uma segunda).

Achei justo.

Quando chegou a quinta-feira, passei na portaria e fui avisada de que não havia nenhuma encomenda.

Fiquei PUTA. Era um acordo que eu tinha feito e que a atendente não tinha cumprido.

Imaginem se eu tivesse um compromisso naquela tal quinta e ficasse sem o meu sapato? Não era o caso e nem só tenho aquele sapato para usar. Mas há algo chamado COMPROMISSO que deve ser honrado.

Bom... passei na loja sexta pela manhã e ouvi o seguinte: “Seus sapatos ainda não estão prontos. Mas olha... o edredom está aqui (com um sorrisinho cara de pau)”.

Eu, ainda com paciência, falei que queria os sapatos prontos na sexta a noite e entregues em casa, conforme combinado. E a atendente, após ligar para o sapateiro para combinar isso, me diz: “É que ele não está achando os sapatos. Ainda vai procurar ou ver se entregou em alguma outra casa”.

Claro que SEM QUALQUER PACIÊNCIA naquele momento, sentei-me no sofá da espera e disse: Daqui eu só saio com os meus 4 pares de sapato que era para ontem. Estou esperando.

A loja inteira me olhou como se EU FOSSE A LOUCA.

Agora quem reclama pelos próprios direitos e exige serviço bem prestado é LOUCO??

Conclusão: 3 sapatos encontrados em 15 minutos e outro ainda não encontrado. Esse está em processo para ressarcimento.


Não usem mais a Dry Clean USA do lado de casa.

Roupa, na tinturaria do japonês, mesmo que seja mais longe.

Sapato, no sapateiro.



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post enviado por Ana Bargieri



terça-feira, 3 de março de 2009

O céu pode esperar. Eu não.


tuuuu........tuuuuuu.......tuuuuuu.........tuuuuu

- Alô

- Alô, de onde fala?

- Controle da Vida, Departamento de Destinos, Antônio, boa tarde.

- Oi Antônio, tudo bem?

- Tudo bem, em que posso ajudá-lo?

- Eu queria fazer uma reclamação sobre o meu destino.

- Pode falar Senhor, qual o seu problema?

- É que deram a mulher da minha vida pra outro cara.

- Só um minutinho que eu vou passar o senhor para a secretaria de Almas Gêmeas, um segundo.

- (música do gás) Caramba até no céu os caras usam essa musiquinha pra espera...

- Secretaria de Almas Gêmeas, Afrodite, boa tarde, em que posso ajudá-lo?

- Oi Afrodite, eu queria fazer uma reclamação.

- Pois não senhor. Posso confirmar alguns dados?

- Claro.

- Seu nome, por favor.

- Gilberto.

- Nome da primeira namorada?

- Nossa, faz tempo. É a de infância que você quer saber?

- Isso mesmo senhor.

- Acho que era Denise... lembro que era uma japinha. Eu tinha uns cinco anos, não tenho certeza.

- O motivo do término do último namoro foi ciúme excessivo?

- Isso. Nossa, que mulher louca. Ficava fuçando no meu celular, acredita?

- Muito bem Sr. Gilberto, muito obrigado por confirmar esses dados. Qual o seu problema?

- Então, é que outro dia eu encontrei a mulher da minha vida mas ela tá com outro cara.

- Sr. Gilberto, isso é tecnicamente impossível.

- Não é não, a mulher da minha vida tá lá com outro cara. Quando eu cheguei na parada ele já tava com ela há um tempão.

- Impossível Senhor. O senhor nunca ouviu falar no nosso projeto “Metade da Laranja”?

- Bom, então minha laranja virou suco né? Porque tem alguém bebendo no meu copo. A mulher tá lá com aquele bolha e eu aqui sofrendo há 3 anos. Acha que é fácil? O cara nem trata ela direito. E o pior é que botaram logo uma bem indecisa pra mim. A mulher não larga o osso. É insegura, medrosa pra caramba, não enxerga, adora ficar sofrendo, acha que não é capaz de arrumar coisa melhor, etc.

- Senhor Gilberto, defeitos de fabricação é responsabilidade do departamento de genética.

- Eu sei, tava só desabafando. Tá cheia de defeito de fábrica mas é minha. E eu quero aquilo que é meu. E eu assinei contrato até que a morte os separe.

- Qual o nome dessa senhorita que o senhor reivindica?

- É Miriam.

- Só um instante que eu vou estar verificando no nosso sistema. É senhor Gilberto, realmente consta aqui que a senhorita Miriam é mesmo sua alma gêmea.

- Então pô, como é que eu fico? Olha eu exijo uma retratação. Quero a solução imediata do meu problema. Se não vou botar vocês no pau, vou apelar pra corte da Justiça Divina. Eu exijo a tampa da minha panela.

- Senhor, é "Metade da Laranja". O projeto “Tampa da Panela” foi substituído pelo já extinto “Chuchu da minha marmita” que por sua vez evoluiu para o "Metade da Laranja".

- Coisa horrível esse nome, me lembra música do Fabio Jr...

- É, esse é o nosso novo Jingle.

- Nossa, vocês ouvem Fábio Jr por aí? Pensei que isso era coisa só do inferno. Bom, mas não muda de assunto, e o meu problema?

- Olha Sr. Gilberto, nós podemos estar providenciando uma nova mulher para o senhor. Nós enviamos um cupido hoje mesmo e o senhor se apaixona por outra solteirinha da silva.

- Mas eu quero aquela.

- Olha Sr. Gilberto, aqui não consta a data de aquisição definitiva da Dona Miriam, ou seja, pode ser que ela esteja só perdendo um tempo com esse outro homem mas, no fim das contas, acabe mesmo escolhendo o senhor.

- Tá, mas não dá pra apressar esse negócio não? Sei lá, manda uma gostosa seduzir esse cara.

- Calma Senhor, não precisa chegar a tanto. Vamos fazer o seguinte: nós vamos enviar alguns sinais divinos para a sua senhorita. Se até o fim do ano ela não se tocar, assim que entrar 2008 nós enviamos um cupido express.

- Mas eu vou ter que esperar mais seis meses?

- O senhor já esperou três anos.

- É...

- E o senhor ama ou não ama essa mulher?

- Amo.

- Então Sr Gilberto, guenta aí.

- Tá bom. Mas olha, se não tiver como e precisar trocar mesmo, nada de baranga heim? Tem que ser gata que nem a minha. De preferência ruiva.

- Tudo bem, vou colocar uma observação aqui. Se for o caso, nós entramos em contato com o senhor e o deixamos escolher alguns atributos.

- É o mínimo que vocês podem fazer. Mas vem cá, não dá pra fazer esse marido da Miriam virar boiola não? Eu quero ela, cacete. Pô quebra essa pra mim vai? Bota aí um negão na vida dele.

- Não Sr. Gilberto.

- Arruma um emprego pra ele no Alasca. Sem possibilidade de levar a mulher.

- Não Sr. Gilberto.

- Faz ele conhecer o negão e fugir pro Alasca.

- Posso ajudar em mais alguma coisa Sr. Gilberto?

- Não vai ter o negão?

- Não.

- Tá, é só isso então.

- O Céu agradece, tenha uma boa tarde.

tuuuu........tuuuuuu.......tuuuuuu.........tuuuuu

- Disque capeta, Lu, em que posso ajudar?

- Alô, tem negão pra presente?


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gentilmente cedido por:
http://unavidaperra.blogspot.com/



Sac-Fi

Pra mudar um pouco o clima, o Pé no SAC orgulhosamente publica:
histórias fictícias que são meras coincidências com os SACs da nossa vida.

Enjoy.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Telefone sem fio.


E daí q eu recebi em minha casa uma cobrança da Telefonica.

Estranho. Que eu me lembre não tenho linha telefônica fixa no meu nome. Daí que eu abro a conta e o valor é R$ 64,00, nos meus dados consta o CPF do meu pai e o número do telefone em questão é meu antigo celular que já foi transferido para outra pessoa há 4 anos.

Estava mesmo com saudades de ficar horas ouvindo aquela musiquinha de espera no telefone do SAC...

Liguei no primeiro telefone de Central de Atendimento que vi na conta. Óbvio que não era aquele, a atendente robô me passou um novo número, com poucos dígitos (o que já demonstrava que não daria certo de novo). Liguei e deu tudo errado. Disque 3 pra não sei o que, disque 4 pra não sei que lá... antes que eu escolhesse uma opção o telefone, possuído pelo demônio, já fazia a escolha (errada) sozinho, isso aconteceu 3 vezes... Ou seja, não consegui de novo.

Entrei no site do Procon com a intenção de botar pra quebrar e olha que surpresa, um dos destaques da home era “Ação contra Telefonica”... de tantas reclamações o Procon resolveu processar a empresa... foi aí que perdi todas as esperanças.

Liguei num outro número, que me transferiu pra outro número, que me transferiu pra outro número, que registrou minha queixa e PROMETEU que a Telefonica entraria em contato comigo dentro de 5 dias.

Após sofrer um semi-enfarte logo às 10 da manhã, estou eu aqui agora tendo que conviver com a ansiedade da espera por esse telefonema. Será que tudo vai acabar bem? Será que poderei voltar a dormir sem medo de ter meu nome sujo por não pagar uma conta que NÃO É MINHA?

Vamos a contagem regressiva...


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Área de cobranças indevidas: 0800 76 12 515 (números demais)

Atendimento ao cliente: 10315 (números de menos)

Procon: http://www.procon.sp.gov.br/



terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Propaganda x Realidade

Tem um site gringo que eu adoro que denuncia uma porção de produtos que enganam o consumidor.

Pois bem, tratam-se de fotos que comparam o que a imagem da embalagem do produto oferece e o que o produto que está do lado de dentro da embalagem realmente é.

Em alguns casos a diferença é absurda, em outras nem tanto.

É no mínimo curioso.
Seguem algumas fotos e o link.






terça-feira, 25 de novembro de 2008

I hate my Curves

Aiiiiii a Curves...


o paraíso das mulheres. Uma academia onde você malha apenas 30 minutos por dia com a promessa de obter resultados excelentes em poucos meses. Além disso, você não precisa se misturar com aquele bando de trogloditas suados, cheios de músculos expostos, como nas academias tradicionais. E, também, pode usar aquela camiseta furada de vereador que você ganhou nas eleições de 1900 e bolinha, junto com aquela calça de moletom que você trouxe da Disney quando tinha 15 anos. Prazer e liberdade total!!!!


NÃAAAO.


Se não fosse o fato de que quando me matriculei me convenceram a fazer o plano ANUAL, onde as mensalidades sairiam mais baratas, e a deixar 12 cheques pré-datados, até fevereiro de 2009. Cancelei minha matrícula há uns 3 meses e adivinha se me devolveram os cheques que ainda não caíram???? Não.


Todo santo mês eu tenho que ligar na Curves para avisar que meu cheque caiu e que eles têm que me reembolsar. Mas o pior não é ter o trabalho de ligar, e sim ter que escutar toda vez a atendente feliz dizer:


É muito bom estar na Curves, em que posso ajudá-la”.


Isso me dá vontade de passar pelo fio do telefone e dar uma voadora na nuca do Ser Humano alegre. Eu não acho nada bom meus cheques estarem na Curves.


Obs: eles dizem que é culpa do banco. Vai saber!


quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Você sabe com quem está falando?

Aí, um dia você compra MEIA caixa de espumante argentino em promoção para o Natal e, pronto: seu nome entra no cadastro da importadora de vinhos.

Aí, outro dia você vai a uma loja chique para TROCAR uma peça de roupa infantil que um parente excêntrico deu de presente para a sua filha e, pronto: seu nome entra no cadastro da loja chique.

Aí, você pega seu décimo terceiro salário, paga uma fração das dívidas, junta a grana de um freelance que finalmente foi pago e compra, EM QUATRO VEZES, um anelzinho simples, fino, sem brilhantes, com o qual você sonha há meses. Pronto: seu nome vai parar no cadastro da joalheria.

Aí, você não só passa a receber malas diretas da importadora, oferecendo vinhos que custam milhares de reais a garrafa, como é informada, em primeira mão, da oportunidade única de adquirir relógios Cartier de edição limitada e de comprar na promoção da loja chique, parcelando seus mimos em até quatro vezes, para compras acima de seis mil reais, é bom que se entenda.

Você olha para aquilo tudo e ri. Quem eles pensam que você é?

Como se tudo isso não bastasse, aí o japinha maluco do departamento de análise de perfil de consumo do seu cartão de crédito cruza o trinômio mágico “importadora de vinhos”, “loja chique” e “joalheria” e conclui: “Ûia! Essa dona tá podendo!”

E então, um belo dia, chega na sua casa uma caixa preta, de veludo, do tamanho de uma caixa de colar, entregue por courrier. Você olha aquilo sem fazer a menor idéia do que se trata e, quando abre, dá de cara com um cartão de papel dourado, delicadíssimo, perguntando: “Ei, Ana Téjo, que tal trocar seu Jaguar?” No verso, apenas um nome e um número de telefone.

Intrigada, você vira para a sua filha e pede:

_ Filha, por favor, vá até a garagem e veja se há um Jaguar estacionado na nossa vaga.

_ Um “o quê”?

_ Um Jaguar, menina. Aquele carro de bacana que tem um... Jaguar (!!!) em posição de ataque na pontinha do capô.

Ela se certifica de que você não bebeu antes de esticar o pescoço e menear a cabeça, confusa.

_ Não, mamãe. Só o seu velho e bom carro de sempre, que você vive levando no mecânico.

Você suspira.

_ Ah, tá. Obrigada.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O lado de lá do telefone


Aí, eu trabalhava nessa agência que tinha a conta de uma famosa empresa de TV a cabo. Um dia, a título de "imersão", fui convidada para fazer um tour completo pelas suntuosas instalações do cliente, em Alphaville. Respirei fundo, liberei a guia do programa de índio na FUNAI e fui. Depois de uma reunião de quase três horas que poderia ter durado quarenta minutos, fui conduzida para o tour, propriamente dito.

_ Escritórios.
_ Ok!
_ Auditório.
_ Ok!
_ Antenas, retransmissoras, salas de controle, telemarketing, refeitó...
_ Ok, ok, ok, peraí! Telemarketing?
_ É. Aqui é o nosso SAC, o departamento de atendimento ao cliente e de telemarketing ativo, para captação de novos assinantes.
(É hoje!)
_ Ahnnn, sei... será que a gente podia fazer uma paradinha? Eu tenho muita curiosidade sobre esse departamento.
_ Claro. O que você gostaria de saber?
_ Posso, primeiro, só dar uma passeadinha pelas baias?
_ Pode, claro!

Comecei a andar. A primeira coisa que me impressionou foi o barulho ensurdecedor de cerca de cinqüenta pessoas falando ao telefone, todas ao mesmo tempo. Depois, reparei no espaço. As baias deviam ter não mais que 1 x 1 metro. Ou seja, a criatura não pode nem se espreguiçar. Em seguida, examinei as baias. Totalmente assépticas.

_ Escuta... nas outras empresas que eu visito, reparo que as pessoas sempre trazem objetos pessoais... Sempre tem porta-retratos, bichinhos, vasinhos nas mesas... por que aqui não tem nada?
_Ah, porque esse departamento funciona 24 horas, em quatro turnos de seis horas. Assim, quatro pessoas diferentes sentam em cada uma dessas mesas. E elas sentam sempre no mesmo setor (repare que são quatro setores), mas não necessariamente na mesma mesa. Por isso, não dá pra trazer objetos pessoais.
_ Ahnnn, entendi.
_ Mas a gente até prefere assim, sabe? Porque essas coisas distraem.
_ Ah, é?
_ Éééé. Há estudo comprovando que uma pessoa passa cerca de 10 minutos por dia olhando fotos em porta-retratos no ambiente de trabalho e nós queremos que os nossos profissionais estejam inteiramente focados nos telefonemas, sabe?
_ Puxa! Às vezes eu tenho a impressão contrária...
_ Por quê?
_ Porque quando falo com esses serviços, não importa o que diga, o quanto xingue, esbraveje, tenha convulsões, que a resposta é sempre algo como: “perfeitamente, senhora. Há mais alguma coisa em que eu possa ajudar?”


_ Tem, sim. Vai à merda, tá?
_ Perfeitamente, senhora. Há mais alguma coisa em que eu possa ajudar?
_ Ah, tem. E quando voltar de lá, vai pra puta que o pariu!
_ Perfeitamente, senhora. Há mais alguma coisa em que eu possa ajudar?

_ Isso é porque eles são treinados, Ana. Olha só. Cada operador tem um monitor com o roteiro de todas as ligações.
_ Roteiro?
_ É. Eles têm um programa com todos os diálogos, todas as dúvidas e todas as respostas para cada caso.
_ E quando alguém diz algo como o que eu disse?
_ Aí, eles respondem “perfeitamente, senhora. Há mais alguma coisa em que eu possa ajudar?”
_ E quando alguém pergunta alguma coisa que não está no roteiro?
_ Eles são orientados a encaminhar a ligação para o setor competente, para transferir para o supervisor ou para responder, “perfeitamente, senhora. Há mais alguma coisa em que eu possa ajudar?” Entendeu?
_ Perfeitamente.

Fui olhar os monitores. Assim que a criatura atende ao telefone e cadastra o interlocutor, já cai em um menu, uma espécie de fluxograma, por onde vai navegando enquanto fala.

_ E o que é essa bolinha vermelha aqui?
_ Ah, é o status do cliente.
_ Como assim?
_ Os clientes são identificados por um código de cor que indica o nível de satisfação (ou insatisfação) de cada um. Se é uma pessoa que não liga nunca ou que ligou há mais de um mês, a bolinha é verde. A cor vai mudando dependendo da quantidade de ligações e da gravidade do problema.
_ E qual é a pior?
_ A preta. Bola preta são os clientes mais problemáticos (eu devo ser bola preta!).
_ É mesmo? Os mais pentelhos?
_ Sim e não. Podem ser os mais problemáticos, ou mais estressados ou os que ligam mais vezes.
_ Como assim?
_ Porque se o cliente ligar até três vezes por causa de um mesmo problema, está dentro da normalidade. Se passar de três, é encrenca.
_ Sei...
_ E tem gente que liga todo dia.
_ Comassim???
_ Ah, temos vários casos. Pessoas carentes, ou estressadas, acho eu, que inventam problemas imaginários só para conversar ou brigar. Aí, a gente agenda a visita técnica e nunca há problema algum. A pessoa só quer atenção.
_ Eu, hein... e que cor de bola têm essas pessoas?
_ Preta!
(Ops! Não sou bola-preta. Definitivamente.)
_ Escuta... e nunca aconteceu de um operador surtar, ter um chilique, começar a berrar com o cliente?
_ Felizmente, não, porque eles são muito bem treinados. Mas não é raro sair gente chorando da mesa.
_ Ah, é?
_ É por isso que eles têm uma pausa de dez minutos a cada cinqüenta minutos trabalhados, que devem, preferencialmente, ser passados na Sala de Descompressão.
_ Sala de Descompressão?
_ É. Vamos lá?
_ Ôôôôôô!

A Sala de Descompressão é um pequeno paraíso. Tem uma copa com geladeira e microondas (apesar do refeitório "oficial" funcionar direto, com sanduíches, sucos e frutas e comida “séria” na hora das refeições principais), um televisor de plasma gigante exibindo a programação da TV a cabo, sofás, pufes, telefones (telefones? Duvido que alguém use!), uma psicóloga, uma terapeuta de shiatsu de plantão (a minha opinião, empresa devia ser obrigada pela CLT a ter uma terapeuta de shiatsu, full time) e o mais divertido, um boneco daqueles de treinar boxe, para socar. Fui me aproximando do boneco.
_ E isso aqui?
_ Ah, esse é o Bob.
_ Bob?
_ É. Às vezes, os operadores precisam extravasar, sabe?
_ Ô, se sei. (Principalmente depois que alguém como eu fala com um deles). Ûia! Ele está até mordido!
_ Pois é. É um trabalho muito estressante, sabe, Ana?
_ Seeeei. Do lado de cá do telefone também é estressante, pode ter certeza.

Saí de lá respeitando um pouco mais os operadores de telemarketing. Só um pouco. Não muito. Ainda fico doida quando eles não reagem.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O diabo veste Zara

Eu não sei vocês, mas estou começando a ficar irritada com a má qualidade dos produtos da Zara.

Adooooro ou trapinhos que compro lá. Mas se desfazem no primeiro dia de uso.

Botões caem, costuras abrem e hoje as tiras da minha sandália (que uso pela primeira vez) estão descolando.

Acho que é hora de entrar com os dois pés no SAC. :-(


DICA DE LEITURA:

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A Droga Raia é legal.

Gostaria de deixar bem claro aqui que nem só de reclamações vive o "Pé no SAC". Acho que quando uma empresa te atende prontamente e te trata bem ela merece um post simpático, cheio de elogios.

Ontem fiz compras na DrogaRaia.com através do site DOTZ para pontuar e trocar por presentinhos posteriormente. Foi uma compra acima de R$100,00 por isso ganhei bônus, além de, por ser a primeira compra,  mais bônus. Além disso, essa semana está rolando uma promoção de DOTZ em dobro. Resultado: mais pontos ainda. Fantástico, fiquei feliz a beça. Maaaaaaas, na hora de finalizar a compra e da confirmação dos meus dados para o crédito da pontuação DOTZ, os pontos não foram creditados - tudo isso porque não há um padrão para essa confirmação de site parceiro para site pareciro. Hora é pop, hora é header na página. 

Fiquei arrasada.

Como não deixo nada quieto, falei com um atendente pelo chat do DOTZ e ele disse que só poderia resolver meu problema daqui a uns 30 dias (período para crédito da pontuação). Mandei também um e-mail para Droga Raia contando a minha tristeza.

Hoje de manhã uma mocinha muito simpática da Droga Raia ligou dizendo que tinha ficado muito comovida com a minha história e que, por isso creditaram minha MEGA pontuação de DOTZ. YEEES!!!! Obrigada.

Só fiz isso porque achei sacanagem o padrão de confirmação de dados ser diferente de um site pra outro. Tipo, me enganaram! Pegadinha do Gugu!

Fica a dica: Dealers do DOTZ: padronizem a confirmação dos dados para pontuar.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Nota Fical Paulista????

Eu não sei quanto a vocês, mas eu realmente não agüento mais responder a essa pergunta.

Até pensei em fazer uma camiseta com os dizeres: “Eu não quero CPF na nota”.

Essa pergunta conquistou o ódio de milhares de consumidores.

A única coisa parecida com isso é a pergunta do Pão de Açúcar sobre o cartão Mais: “A senhora possui cartão Mais?”.

A grande vantagem que o Pão de Açúcar leva é que você vai ao supermercado algumas vezes ao mês. Isso quando vai ao Pão de Açúcar e não a qualquer outro. A desvantagem é que os brindes do cartão Mais não são nada “de MAIS”.

A causa da nota paulista é boa, visto que o benefício é diretamente revertido em desconto no IPVA sem nenhuma burocracia, a não ser um cadastro prévio.

Porém, quem quer esse benefício, FEZ o seu cadastro e está interessado na pergunta.

Ora, se a pessoa está interessada, por que não deixam para que a mesma PEÇA a tal nota paulista???

O problema da pergunta da nota é que 100% dos estabelecimentos que você freqüenta, fazem essa pergunta.

Imagine que nós passamos por 3 ou 4 estabelecimentos por dia. Concordo que você só ouve a tal pergunta quando compra algo. Mas enche o “sac” assim mesmo.

Imagine agora quantas vezes o caixa de um restaurante ou padaria faz essa pergunta. Isso, sim, é a morte. Eles já devem ter feito essa pergunta mais do que respondido o próprio nome.

Talvez seja o mesmo caso do motoboy: que ouve mais a própria buzina do que nós ouvimos a buzina de vários motoboys. A diferença é que eu NÃO sou solidária a eles.


Ah! Não quero CPF na nota.


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Desabafo de Ana Maria Bargieri